No ano de 2009, por ocasião dos 70 anos do inicio da Segunda Guerra, foram lançados muitos filmes, livros e documentários sobre o tema. O tratamento do assunto, no entanto, foi marcado por certa novidade. O Nazismo nos filmes, acusaram alguns críticos, passava por uma glamourização, sendo algumas vezes retratados de forma a minimizar o horror da proposta e dos crimes que promoveu.
O debate provocou o retorno do Nazismo a ordem do dia. E diante da grande lista de filmes sobre o tema, resolvemos nesse módulo, nos debruçar sobre ele. Assim, ficamos com perguntas como: por que é um período tão marcante para a memória coletiva? Existe uma imagem consensual sobre o período?
A referência constante aos campos de concentração e ao extermínio de judeus, nos traz ainda a uma polêmica atual, que diz respeito a interesses políticos globais com relação à memória. Queremos, com esta análise mais profunda, extrapolar a representação usual do Nazismo e compreender o processo histórico em sua complexidade.
Para isto, pretendemos analisar cada filme com os alunos, ampliando a análise para questões externas ao enredo, que se referem ao contexto de produção e recepção. Desta forma, possibilitamos questionamentos, por exemplo, sobre quais os interesses que estão por trás daquela história e quais os efeitos que ela pode causar no público. A discussão sob o nazismo explorando suas manifestações e implicações na vida do homem comum, no cotidiano da população, nos parece
oportuna.
Confira a seleção dos filmes:
A Onda (Die Welle, Alemanha, 2008, 107 min.)
Professor propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo. Em pouco tempo, seus alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério o professor decide interrompê-lo, mas aí já é tarde demais.
Fonte:http://www.interfilmes.com/filme_21164_A.Onda-(Die.Welle).html
Arquitetura da destruição (Architektur des Untergang, Alemanha, 1989 /1992, 121 min.)
Arquitetura da Destruição foi consagrado internacionalmente como um dos melhores estudos já feitos sobre o nazismo no cinema. O filme de Peter Cohen lembra que chamar a Hitler de artista medíocre não elimina os estragos provocados pela sua estratégia de conquista universal. O
veio artístico do arquiteto da destruição tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. Hitler queria ser o senhor do universo, sem descuidar de nenhum detalhe da coreografia que levava as massas à histeria coletiva a cada demonstração. O nazismo tinha como um dos seus princípios fundamentais a missão de embelezar o mundo. Nem que, para tanto, destruísse todo o mundo.
Fonte: http://www.sinopsedofilme.com.br/mostrar.php?q=1184
O Menino do Pijama Listrado, (The Boy in the Striped Pyjamas, Reino Unido / EUA, 2008, 12 anos, 93 min.)
Durante a Segunda Guerra Mundial, uma família alemã se muda de Berlim para Auschwitz, quando o patriarca é ordenado a trabalhar em um campo de concentração. Assim, Bruno, um garoto de 8 anos e filho do oficial, começa uma linda amizade com um menino judeu da mesma idade. O filme mostra o modo como o preconceito, o ódio e a violência afetam pessoas inocentes, especialmente as crianças.
Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_18632_O.Menino.do.Pijama.Listrado-
Operação Valquíria (Valkyrie, EUA / Alemanha, 2008, 14 anos, 120 min.)
Gravemente ferido no combate, o Coronel Claus Von Stauffenberg volta da África à Alemanha e se envolve em uma conspiração para acabar com a ditadura em seu país. A única alternativa encontrada pelos conspiradores é assassinar Adolph Hitler. Stauffenberg ajuda a criar a Operação Valquíria, que, além de planejar o assassinato, ainda prevê a implantação de um governo substituto. O destino e as circunstâncias levam o coronel a ocupar uma posição de destaque no complô. Ele terá de liderar todo o grupo e ele mesmo terá de assassinar Hitler.
Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_19358_Operacao.Valquiria-(Valkyrie).html
Os Falsários (Die Fälscher / The Counterfeiter, Áustria / Alemanha, 2007, 98 min.)
História real da maior operação de falsificação de todos os tempos, promovida pelos nazistas em 1936. Em Berlim, o judeu Salomon Sally Sorowitsch (Karl Markovics) é conhecido como o rei da falsificação. Mas sua fase de sorte naufraga quando é preso por Friedrich Herzog (Devid Striesow). Levado para o campo de concentração Mauthausen, Salomon mostra sua habilidades e é transferido para Sachsenhausen. Lá encontra Herzog, que o coloca numa missão secreta. Salomon e um grupo de profissionais são forçados a produzir milhares de notas de dinheiro falso. Chamada de Operação Bernhard, o dinheiro seria para financiar a guerra e supostamente melhorar a economia alemã.
Fonte: http://www.thecounterfeiters.com
Trem da Vida (Train de Vie, França, 1998, 14 anos, 103 min.)
Europa Oriental, 1941. Em uma remota aldeia com uma população basicamente de judeus Shlomo (Lionel Abelanski), o louco do lugarejo, anuncia que os nazistas estão chegando e que a aldeia deles será a próxima que deverá ser atacada por eles. O conselho de sábios da aldeia delibera o que deve ser feito, mas é Shlomo quem tem uma ideia inspirada ao elaborar um plano de fuga, no qual eles simularão uma falsa deportação com parte dos judeus se fazendo passar por nazistas, com os falsos alemães levarão os "prisioneiros" até a Palestina. Embora vários estejam convencidos que Shlomo está fora de seu juízo perfeito, o plano segue adiante. Primeiro são selecionados certos membros da aldeia para se fazerem passar por nazistas, com vagões sendo comprados e reformados. Logo o trem está pronto e a aldeia é deixada para trás, mas quando começa a viagem algo inesperado acontece: as encenações se tornam mais realistas, pois os "nazistas" se tornam mais autoritários. Os "deportados" tramam uma rebelião contra seus falsos algozes e outros se declaram "comunistas", além disto surgem verdadeiros alemães no caminho.
Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_14647_Trem.da.Vida-(Train.de.Vie).html
Um Homem Bom (Good, Inglaterra / Alemanha, 2008, 12 anos, 99 min.)
John Halder (Mortensen) é um homem bom e decente que tem uma família problemática. A esposa é neurótica, os filhos são exigentes e uma mãe doente. Professor de literatura, Halder explora as circunstânia de sua vida pessoal num romance no qual defende a eutanásia. Quando o livro é
subitamente inscrito numa lista de apoio à propaganda do governo, Halder vê sua carreira ascender numa corrente de nacionalismo e prosperidade. Mas é a partir disso que as escolhas de Halder causarão efeitos devastadores.
Para agendamento, entrar em contato com a Gerência de Extensão da Fundação Clóvis Salgado:
Telefones: (31) 3236-7322 9u 3236-7389
Horários: segunda a sexta-feira, de 9h30 as 12h e das 14h-17h30;